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Birth by Sleep

A história antes do Sora

Birth by Sleep

O título que chuta bundas enquanto mostra os eventos que aconteceram antes do primeiro Kingdom Hearts.

  • Nome: Kingdom Hearts Birth by Sleep Final Mix
  • Plataforma: Playstation 4
  • Lançado: 28/03/2017
  • Finalizado: 08/04/2018
  • Duração: 39 Horas

Sumario

Introdução

Parte Boa

Parte Ruim

Conclusão

intro

Kingdom Hearts Birth by Sleep Final Mix é a versão melhorada do Kingdom Hearts Birth by Sleep lançado originalmente para o PSP em 2010. A principal diferença foi a adição de um final extra que faz ponte para o Kingdom Hearts 0.2: Birth by Sleep – A Fragmentary Passage que só foi lançado em 2017.

Esse foi um título que comecei jogar na época do PSP, mas infelizmente acabei deixando de lado e só fui terminar a sua versão em HD que saiu para o Playstation 4 em 2017.

Birth by Sleep

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História

O jogo se passa 10 anos antes do Kingdom Hearts original e começa com o Mestre Xehanort voltando a sua terra natal, Destiny Islands (que é a terra natal do Sora, protagonista de Kingdom Hearts), para deixar o Ventus (o mesmo personagem que apareceu em Kingdom Hearts Union χ [Cross] que passou 100 anos antes deste) que estava morrendo pois seu coração estava perdendo a luz.

Enquanto vemos a luz do coração de Ventus ir embora, a voz de Sora, que ainda estava para nascer, dizenedo que Ventus deveria unir seu coração com o dele, e depois de recuperar o seu coração com essa união, Ventus volta a ativa. Mestre Xehanort então leva Ventus para treinar com o Mestre Eraqus, para se tornar um Portador da Keyblade.

Mestre Eraqus possui outros dois discípulos, Terra e Aqua, e depois de anos de treinamento os dois vão enfrentar o teste final para se tornarem Mestres. Durante o exame, Terra mostra que a escuridão vive em seu coração, e somente Aqua é aprovada como nova mestra.

Mestre Xehanort que tinha vindo exclusivamente para o exame, desaparece, depois que o Mestre Yen Sid (que é o Mestre de Mickey) avisa que os mundos estão sendo invadidos pelos Unversed. Mestre Eraqus envia Terra atrás do Mestre Xehanort para avisar sobre essa nova ameaça, e também seria uma nova oportunidade para Terra provar seu valor como Mestre.

Ventus é abordado por uma pessoa misteriosa, dizendo que Terra não vai voltar, e então decide seguir Terra em sua jornada. Aqua recebe a missão de investigar os Unversed enquanto vigia Terra e tenta trazer Ventus de volta para casa. E é assim que o jogo inicia, se dividindo em três histórias paralelas.

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Parte Boa

Diferentes pontos de vista

Como comentei anteriormente a história se divide entre os três protagonistas. Ao visitar os mundos com cada personagem, vemos o mundo em um tempo diferente. Por exemplo, Ventus chega e ajuda a Cinderela com o seu vestido, quando Terra aparece, a Cinderela vai para o baile do príncipe e quando Aqua chega, o baile já terminou e ajudamos a Cinderella a provar o sapato de cristal.

O principal motivo de terem feito a história assim é para conseguirem aproveitar o hardware do PSP que era bastante limitado, então a ideia era conseguir reaproveitar os mesmos mapas, e até que conseguiram uma abordagem bem interessante pois podemos ver o mapa pela perspectiva de cada personagem.

Outro detalhe importante, é que para melhor entendimento da história recomendo jogar nessa ordem: Terra, Ventus e Aqua.

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Comandos e batalhas

O jogo trabalha basicamente com o sistema de comandos, que funciona de uma forma muito similar as matérias de Final Fantasy VII.

Equipamos os comandos no deck do personagem, e cada comando tem um ataque diferente, que pode ser mágico, ou pode ser corporal. Cada comando tem o seu próprio level que vai aumentando conforme vamos derrotando os inimigos, e como temos vários comandos podemos fazer uma fusão entre eles para criar novos comandos. Também podemos fundir os comandos com cristais especiais que vai adicionar uma skill no comando.

Essas skills dos comandos são melhorias do personagem, que vai adicionar mais HP, ou mais golpes no combo de ataque entre outras coisas. Ao equipar um comando com skill e maximizar esse comando até o nível máximo, o personagem aprende essa skills para sempre.

Outra mecânica legal é a do Comando Surge. Conforme vamos atacando os inimigos uma barra vai enchendo e ao completar essa barra o personagem vai fazer um Finish Move, que pode ser alterado e evoluído em uma espécie de árvore de habilidades. Mas se cumprimos algum requisito, como por exemplo utilizar um ataque mágico nível 6, é possível ativar o Comando Surge que é uma espécie de Berserk, onde ficamos muito mais poderosos por um tempo limitado, e também temos um Finish Move devastador, que é exclusivo de cada Comando Surge.

Durante a campanha podemos habilitar vários Comandos Surge, e também ganhamos outras Keyblades para equipar em nosso personagem, que inclusive tem comandos e jogabilidade diferente dependendo de quem você escolheu. Por exemplo: Aqua é melhor com magia, Ventus é mais ágil e Terra tem ataques mais devastadores.

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Final Mix e Mundos Disney

Como comentei anteriormente o Final Mix veio com várias melhorias, e uma delas é o final extra que faz ponte com Kingdom Hearts 0.2: Birth by Sleep - A Fragmentary Passage.

Durante o jogo, visitamos vários mundos da Disney, mas os mundos não influenciam tanto na história principal, o que quero dizer é que a maioria desses mundos funcionam como uma espécie de filler, sendo que poderia ser qualquer mundo que não faria a menor diferença no enredo principal, o que de maneira nenhuma é ruim, pois o importante aqui é o fanservice mesmo.

Neste jogo visitamos os mundos: A Bela Adormecida, Cinderela, Branca de Neve e os Sete Anões, Hércules, Lilo & Stitch e Peter Pan, além de uma participação honrosa do Ursinho Pooh.

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Parte Ruim

Decisões ruins de design

De longe o pior problema do jogo, sem sombra de dúvida é que para cada novo personagem que escolhemos jogar, temos que começar do zero.

Ou seja, todos os comandos, Keyblades, melhorias, itens e dinheiro que conquistamos em alguma campanha, não vão valer de nada para a campanha seguinte. Outro ponto extremamente negativo é que devemos manter um save para cada campanha, ou o jogo não entende que terminamos e não libera a campanha extra, que por sinal é extremamente curta.

Apesar de o jogo evoluir rapidamente os leveis e comandos, amenizando um pouco a dor de ter que começar do zero, não justifica essa decisão da equipe, dava para executar isso de maneira que não perdêssemos a progressão. Para finalizar, tive que manter 5 saves para conseguir ver 100% do jogo, o que nos leva a outro tema.

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Destravar o Final Extra e o Final Secreto

Então, para destravar o final extra e secreto podemos escolher entre os vários níveis de dificuldade. No Easy é quase impossível destravar, no Normal é difícil, no Difícil já é mais fácil e no último nível é extremamente fácil destravar o final.

Vou contar minha experiência com o jogo que joguei no modo Normal. O nível Normal já é difícil por si só, e para liberar o final secreto, temos que eliminar 9,999 unversed, completar o álbum de adesivos com todos os adesivos e colados na ordem certa para ter 140 pontos, com todos os personagens (cada personagem tem o seu álbum), e conseguir recolher todos os relatórios do Mestre Xehanort, que adiciona maior profundidade sobre o passado do dele.

Resumindo eu nem sei como conseguir vencer o chefe final do modo extra, pois ele era super apelativo e me cortava igual faca quente na manteiga. Na verdade sei, apelei e utilizei as magias mais apelonas possíveis em sequência, e consegui vencer.

E esse é outro ponto importante, se você quiser ter alguma chance para terminar esse jogo, é melhor você depender de guias para te mostrar quais comandos são úteis, quais comandos valem a pena, e como libera todas as skills de melhoria para o personagem. Obviamente você pode tentar criar tudo manualmente na sorte, mas te garanto que um guia vai te poupar bastante tempo.

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Confuso e extras

O jogo também conta com vários minigames extras como arena de batalha, corrida, uma espécie de banco imobiliário, jogo de ritmo musical e um tênis bizarro com frutas, mas que na verdade não adiciona muita coisa interessante, mas ta ai para quem curte.

Outra coisa é que para conseguir alguns itens e adesivos, somos obrigados a voltar nos mundos anteriores com melhorias extras, como por exemplo pulo duplo ou dash no ar para conseguir pegar esses itens, no melhor estilo Mega Man. De novo, sei que tem gente que curte, mas eu particularmente dispenso.

E por último e não menos importante, a história de Kingdom Hearts, não somente deste título mas de todos, é extremamente confusa e nonsense. Dá para perder horas e horas lendo teorias de fãs para tentar entender a história, dando explicação para eventos que nunca foram explicados oficialmente, de modo que faça algum sentido. Isso definitivamente pode afastar muitos jogadores que no final jogam o título apenas pelo fanservice de ver os personagens da Disney junto com os personagens da Square Enix.

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Conclusão

RankB

Por incrível que pareça, esse Kingdom Hearts é um dos que mais explicam sobre as origens, como Sora e Riku foram envolvidos na história entre vários outros mistérios extremamente importantes para um portátil que poucos tiveram acesso.

O jogo está longe de ser perfeito, e começar do zero 3 vezes para ter a bunda chutada sem piedade no final, com certeza não é para qualquer um, mas se você é como eu e está aqui pela história, com certeza recomendo.


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 Sogoken
22/05/2018 
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