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Ys Origin

O Ys que não tem Adol

Ys Origin

Essa é a história que conta os acontecimentos de 700 anos antes do primeiro Ys e curiosamente é o único Ys que não jogamos com Adol.

  • Nome: Ys Origin
  • Plataforma: PC
  • Lançado: 31/05/2012
  • Finalizado: 01/08/2018
  • Duração: 26 Horas
intro

Desenvolvido originalmente em 2006, mas recebendo tradução somente em 2012, Ys Origin é um prequel que conta os acontecimentos que ocorreriam 700 anos antes do primeiro jogo.

Cronologicamente Ys Origin seria o primeiro jogo da série, e foi criado para ser uma história emocionante que depende que o jogador tenha conhecimento dos eventos de Ys I e Ys II, e foi por este motivo que eu não joguei ele primeiro.

Curiosamente até o momento este é o único título da série que não jogamos com Adol. Na verdade até dá pra jogar com ele nos modos extras de Quick Attack, mas nada canônico.

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História

Ys era uma terra próspera que era governada pelas Deusas Gêmeas Reah e Feena e seus seis sacerdotes. Era um reino que possuía magia graças a um artefato sagrado conhecido como Black Pearl.

Um dia, uma grande quantidade de demônios começaram a atacar a tudo e a todos, e as pessoas de Ys se refugiaram dentro do Santuário de Solomon que ficava no topo da montanha mais alta. Em uma tentativa desesperada de manter as pessoas seguras, as Deusas Gêmeas usaram o poder da Black Pearl para levitar o santuário até os céus, de modo a fugir da ameaça dos demônios.

No entanto os demônios não desistiram, e ergueram uma gigante torre (Torre de Darm) na tentativa de alcançar o santuário. A guerra foi reiniciada até que em determinada noite, as Deusas Gêmeas decidiram voltar para a superfície sem informar a ninguém.

Todos estavam confusos e ninguém sabia porque elas tomaram essa decisão, a única certeza era que Ys não poderia sobreviver sem as suas Deusas. Os seis sacerdotes então organizaram um grupo de busca contendo os melhores guerreiros do reino, que tinham a missão de trazer de volta Reah e Feena em segurança.

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Parte Boa

Homenagem ao primeiro Ys

O jogo inteiro acontece praticamente dentro da Torre de Darm, então revisitamos os mesmos lugares do primeiro jogo e até enfrentamos os mesmos chefes. Todos os cenários estão reimaginados e fazem um bom uso da engine do Napishtim, que oferece a opção de pulo por exemplo.

Cada chefe apresenta um desafio diferente e alguns podem ser mais fáceis ou difíceis graças a mudança das mecânicas de combate que vou explicar mais adiante. Também existe a opção de escolher o nível de dificuldade, e dependendo do nível que escolher, os desafios de plataforma também sofre alterações, como a retirada de obstáculos e puzzles dos mapas por exemplo.

Menção honrosa para as duas Roda Tree que aparecem no jogo logo no início, para encher de alegria o coração dos fãs de longa data. Na verdade o jogo é um grande fanservice e existem referências por todos os lados.

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Vários personagens

Como comentei anteriormente, não podemos jogar com Adol neste título, em troca podemos jogar com Yunica Tovah que é neta do Sacerdote de Tovah, e Hugo Fact que é filho do Sacerdote de Fact, e quem jogou os dois primeiros Ys, sabe o que o nome Fact significa.

Yunica utiliza um machado, mas também pode equipar outros equipamentos e tem o gameplay mais parecido com o que estamos acostumados com Adol. Hugo é um mago e possui magias poderosas e de longa distância, e por essa razão é mais fácil terminar o jogo com ele.

Cada personagem tem suas próprias habilidades e equipamentos o que dá uma variada no gameplay. Depois que terminamos o jogo com Yunica e/ou Hugo, é habilitado um terceiro personagem apresentado como The Claw, que é a única história canônica. The Claw tem uma jogabilidade mais rápida curto alcance que ataca com garras, sendo o personagem mais difícil de dominar entre os três.

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Jogabilidade

Conforme vamos matando os inimigos, vamos ganhando um bônus temporário como mais ataque, experiência, defesa, recuperar vida e etc. Nós perdemos esse bônus se paramos de matar inimigos, dessa forma o jogo nos incentiva a sempre avançar e o combate é rápido e fluido para exatamente incentivar a isso em uma mistura de risco vs benefício.

Também existe o boost, que aumenta os nossos atributos de forma temporária, mas faz uso de uma barra que vamos carregando conforme matamos inimigos. Também existe o desperation move, que só é habilitado quando alimentamos todos os Roo com Roda Fruit, que é uma espécie de sidequest. Cada vez que alimentamos um Roo, ganhamos uma nova armadura ou Cleria Ore que pode ser utilizado para subir o nível das armas.

Também existem itens de mapa que te ajudam a avançar pelo cenário, como pulo duplo, ficar mais tempo embaixo d'água, quebrar paredes e etc, e curiosamente são poucas as vezes que temos que passar pelos mesmos cenários em cada campanha.

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Parte Ruim

Mesmo jogo 3 vezes

Podemos jogar com 3 personagens diferentes, certo? O problema é que os 3 personagens passam pelos mesmos mapas e enfrentam os mesmos chefes, de modo que na terceira campanha eu já estava fazendo speedrun praticamente, pois até a solução dos puzzles são as mesmas.

Até existem algumas diferenças entre uma jogatina e outra, mas se não fosse as diferenças na história e ponto de vista dos personagens, nem valeria a pena jogar a campanha com os outros personagens. E o pior é que a única história canônica é a do The Claw, então tudo que acontece com Hugo e com a Yunica, é uma espécie de spinoff que no final não acrescenta muito para o lore de Ys. Resumindo temos que jogar com 2 personagens filler para poder jogar com o canônico.

Spoiler Alert: Outro problema grave é que diferente dos personagens principais que tem objetivos e profundidade, os personagens secundários não são bem explorados. Eles aparecem, fazem algo, alguns até morrem, mas na grande maioria eu não consegui me identificar, ou sentir o impacto da perda. A Falcom é mestre em narrativa, mas por alguma razão não saiu como o esperado.

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Polimento

Tem trechos de plataforma que são bem difíceis de passar, mas o principal problema aqui são os controles que exigem que você seja 100% preciso para conseguir avançar, mas infelizmente os controles não são tão precisos assim.

Se por algum motivo você receber a tela de Game Over, não dá pra dar Retry, então você volta no ultimo save do jogo. O grande problema disso é que não dá para salvar em qualquer lugar como nos títulos anteriores.

Outro ponto negativo é que o jogo inteiro se passa na Torre de Darm, não dá para acessar outros lugares e ficamos presos ali por 3 campanhas. No final já estamos extremamente saturados, e o que era para ser uma homenagem, acaba sendo um pesadelo.

Podemos carregar as magias antes de utilizar no melhor estilo Mega Man, mas existem magias que não servem pra muita coisa, então acabamos nem utilizando parte do acervo que nos é oferecido.

O último chefe é poderoso e tem direito a transformação, mas o final eu achei um pouco fraco e não gostei muito, e isso vale para as 3 campanhas.

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Conclusão

RankB

Ys Origin deveria ter sido um presente para os fãs de longa data da franquia, utilizando uma nova engine, contendo boas ideias e abordando um período histórico importante para a franquia, tinha tudo para ser um excelente título se não fosse o mal uso de 3 campanhas extremamente similares que não aproveitam outro cenário que não seja a Torre de Darm.

Particularmente gostei muito de jogar Ys Origin, mas somente da primeira vez, e se você está disposto a jogar o mesmo jogo 3 vezes, ainda vale a pena conhecer essa história.


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 Sogoken
08/03/2019 
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