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Xenosaga 3

Xenosaga 3 - KOS-MOS vs T-ELOS – Quem Vence Essa Luta?

Sabe quando você imagina um RPG que mistura filosofia, naves espaciais, alienígenas estranhos, andróides duelando e batalhas tão incríveis que parecem cenas de anime?

Então, hoje o papo é sobre um jogo exatamente assim. Tô falando de Xenosaga Episode III — o jogo que tentou salvar uma trilogia inteira na base da emoção, da porradaria e de muita filosofia de bolso. E calma, não vai achando que é só mais um RPG velhote de PlayStation 2, não. Esse aqui é diferente. Tem drama, tem mistério, tem andróide azul enfrentando andróide malvadão, e uma história que vai fritar seu cérebro e apertar seu coração ao mesmo tempo. Então se segura aí no banco da sua nave, porque nossa viagem pelo universo de Xenosaga tá só começando.

Quando eu decidi jogar Xenosaga Episode III: Also Sprach Zarathustra, vou te falar, eu tava com aquele medo de quem já se decepcionou uma vez. Sabe aquela promessa de amigo que já te deixou na mão antes? Então, era esse sentimento. O jogo saiu em 2006, exclusivo pra PlayStation 2, e é um RPG japonês daqueles bem tradicionais: história gigante, batalhas em turnos e personagens cheios de estilo. Eu, focando só na história principal, levei umas quarenta horas pra terminar. Mas olha, se quiser fazer tudo, já separa mais tempo aí, viu?

Desde o começo dava pra sentir que esse jogo era diferente. A Monolith Soft, que tinha brilhado no primeiro Xenosaga, voltou prometendo corrigir os erros. E como era o capítulo final da trilogia, a pressão era imensa.

Ainda teve um detalhe que deixou tudo mais interessante: o jogo foi feito bem na época em que a Namco se juntou com a Bandai. Então, muita gente grande tava de olho no projeto. Errar não era uma opção. E pra melhorar, o criador original, Tetsuya Takahashi, resolveu voltar a se envolver de verdade, dando pitaco em tudo: música, roteiro, supervisão... era tudo ou nada.

Falando em música... que acerto maravilhoso! A trilha ficou nas mãos da Yuki Kajiura, a mesma que fez trilhas épicas pra animes. No jogo anterior ela só cuidava das cenas de vídeo, mas aqui ela mandou ver em tudo. E sério, cada música é de arrepiar até o último fio de cabelo. Ah, e a dublagem? Sensacional também! A maioria dos dubladores do primeiro jogo voltou, e reencontrar aqueles personagens no meio da guerra espacial foi como abraçar velhos amigos. Resumindo: Xenosaga Episode III chegou carregando nas costas a missão de corrigir o passado, entregar um final épico... e fazer a gente chorar e filosofar sobre a vida. Agora a pergunta que fica é: será que eles conseguiram? Vem comigo que eu te conto.

Xenosaga III foi como abrir aquele livro favorito depois de anos... e perceber que algumas páginas sumiram! A história começa um ano depois do final do segundo jogo. Só que um monte de coisa importante aconteceu nesse meio tempo, e a gente simplesmente não viu. Pra tentar ajudar, o jogo colocou uma Enciclopédia no menu, cheia de informações. Também existia uma novel em Flash chamada A Missing Year, mas hoje é bem difícil de achar. Então se prepara, porque quem não tiver paciência pra estudar um pouquinho pode acabar boiando no começo. Mas olha, o jogo não perde tempo, não. Ele já começa na voadora, sem explicação longa. Tipo, “se você tá aqui, já devia saber o que tá rolando, parceiro.” E sinceramente? Achei ótimo. Deixou o ritmo mais rápido e mais envolvente.

Logo no começo, a gente vê que a Shion Uzuki largou a Vector, que era a empresa responsável pelas tecnologias mais avançadas do universo, e se juntou à resistência Scientia, tentando investigar as sujeiras escondidas na guerra contra os Gnosis, aquelas criaturas bizarras que atacam todo mundo. Enquanto isso, nossa querida KOS-MOS enfrentava seus próprios dilemas e conhecia sua rival: a T-ELOS, uma versão mais sombria e poderosa, feita só pra acabar com ela. E o mais incrível é como o jogo mistura ação insana com momentos emocionantes e profundos. A maioria das cenas é feita com o motor do jogo mesmo, mas nas partes épicas de verdade, tipo revelações bombásticas ou lutas colossais, eles capricharam em cenas cinematográficas dignas de anime de cinema.

Teve uma cena que ficou tatuada na minha memória: a Shion lidando com o trauma da perda dos pais. Na versão japonesa era super pesada, com sangue e tudo. Já na ocidental, censuraram, e acabou perdendo um pouco do impacto. Outro momento épico foi a batalha contra o Margulis, o vilãozão de sempre. E não era só espada voando, não. Era porrada misturada com discussão filosófica sobre fé, propósito e existência. Parecia um seminário filosófico no meio de uma guerra! Claro que nem tudo foi perfeito. Algumas soluções na história foram meio corridas. Mas no geral, cada personagem teve seu momento de brilhar, e a história conseguiu ser emocionante do começo ao fim.

Explorar o mundo de Xenosaga III foi uma aventura à parte. Os cenários estavam muito mais vivos e variados: bases espaciais cheias de luzes, desertos abandonados, florestas alienígenas com céus que pareciam mares de energia. Um dos lugares mais incríveis era a fortaleza da Ormus, flutuando no espaço, cheia de corredores dourados e uma música de fundo tão misteriosa que parecia que as paredes estavam sussurrando segredos. E falando em música, a Yuki Kajiura brilhou de novo. Cada trilha contava uma história própria, aumentando a emoção dos momentos. Lembro de uma batalha em que a música era tão intensa que parecia que o coração ia sair pela boca!

Outro detalhe que deixou tudo mais vivo foram os efeitos de luz e sombra. Nos corredores escuros, só iluminados por luzes de emergência, dava pra sentir o clima de missão suicida. E nas áreas abertas, tipo estações abandonadas, a luz azulada deixava aquele sentimento de solidão, como se o universo todo estivesse em luto. A exploração também ganhou mais peso. Agora tinha áreas secretas, passagens escondidas e lugares que só dava pra alcançar usando os mechas. Uma vez pilotei o mecha pra atravessar um desfiladeiro absurdo e encontrei um baú escondido que deu uma arma monstruosa pro Jin. Sério, sensação de gênio da exploração! E claro, tinha também as lojinhas escondidas e os trajes alternativos, que davam um respiro divertido no meio de tanta tensão.

E falando em combate, deixa eu te contar: finalmente ficou bom! Saiu aquele sistema confuso do segundo jogo e entrou um esquema ágil e gostoso de jogar. Um botão pra atacar, outro pra técnica especial, outro pra usar itens e outro pra correr, se a coisa ficasse feia. Fácil, direto, sem enrolação. E ainda tinha a Barra de Reforço: enchia durante a luta e liberava golpes finais cinematográficos que davam experiência extra. Fora a Barra de Quebra, que, quando ativada, deixava o inimigo atordoado. Planejar o uso certo dessas barras era essencial, especialmente contra chefões gigantescos. Ah, e os personagens ganhavam experiência mesmo fora da luta, o que salvava um tempo absurdo de treino chato. Cada personagem também podia ser moldado do jeito que você quisesse, através de árvores de habilidades cheias de possibilidades.

E os mechas? Agora dava pra usar três ao mesmo tempo, cada um liberando ataques devastadores com câmeras girando e explosões pra todo lado. Teve uma luta contra um chefão espacial absurdo que parecia uma dança de anime de tão insano que foi! E fora da batalha, explorar era tão divertido quanto lutar. Usar o mecha pra quebrar obstáculos gigantes, revisitar áreas via Realidade Virtual pra caçar chefões secretos, armar armadilhas no mapa... tudo isso deixava o jogo vivo o tempo inteiro.

Agora, falando dos bastidores, é impossível não admirar o esforço da equipe. Depois do fiasco do segundo jogo, o Tetsuya Takahashi voltou pra tentar salvar a trilogia. Mesmo com orçamento apertado, eles fizeram milagre: muitas cenas foram feitas com o motor do jogo pra economizar, mas nas partes importantes, capricharam em cenas cinematográficas.

Eles também tentaram amarrar tudo que tinha ficado solto, inclusive trazendo de volta histórias esquecidas. Criaram até material extra, como a novel A Missing Year e o jogo de celular Pied Piper, contando histórias paralelas. Pena que nem todo mundo conseguiu ter acesso na época.

E claro, teve censura pesada na versão ocidental, o que cortou o impacto de algumas cenas emocionantes. Mesmo assim, dá pra sentir o coração que a equipe colocou ali, como se eles soubessem que era a última chance de entregar um final digno.

E agora, falando da minha experiência... foi como embarcar numa montanha-russa espacial de emoções. Cada luta, cada despedida, cada revelação parecia carregada de peso emocional. O duelo da KOS-MOS contra a T-ELOS, por exemplo, foi tão incrível que eu quase esqueci de apertar os botões de tanto que fiquei vidrado na tela! Claro, teve momentos apressados, com decisões rápidas demais. Mas no geral, a experiência foi tão poderosa que parecia que eu tava me despedindo de uma fase da vida, não só de um jogo.

E no final das contas, Xenosaga Episode III merece respeito. Minha nota? Um B bem merecido! Corrigiu muitos erros, entregou uma história emocionante e deixou uma lembrança linda pra quem acompanhou a trilogia. Recomendo pra quem já jogou os anteriores ou pra quem adora RPGs cheios de filosofia e personagens profundos. Agora, se você é novato, melhor começar do começo, viu? No fim, Xenosaga III é uma despedida corajosa, cheia de coração, e que conseguiu deixar uma marca linda no universo dos jogos.

Obrigado por assistir, e nos vemos por aí!

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 Sogoken
04/05/2025 
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