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Ys III

O remake definitivo do YS III

Ys III

Ys: The Oath in Felghana é o remake de Ys III: Wanderers from Ys que trouxe nova jogabilidade e um enredo melhor trabalhado para os fãs de Adol Christin.

  • Nome: Ys: The Oath in Felghana
  • Plataforma: PC
  • Lançado: 19/03/2012
  • Finalizado: 20/08/2018
  • Duração: 11 Horas
intro

Considerando que YS I e YS II foram criados para ser um único jogo, que acabou sendo dividido em dois no meio do processo, é até justo considerar YS III como o segundo jogo da franquia.

No final dos anos 80, algumas séries tentaram algo diferente para suas respectivas continuações, como o Zelda II: The Adventure of Link por exemplo, que se tornou um jogo plataforma 2d. Seguindo essa tendência do mercado, em 1989 a Nihon Falcom optou criar Ys III: Wanderers from Ys como um jogo de plataforma 2d, algo que jamais voltou a ser visto dentro da franquia Ys até hoje.

Mas não é sobre Wanderers from Ys que vamos falar hoje, mesmo porque nem era tão bom assim. Hoje vamos falar sobre Ys: The Oath in Felghana que é o remake de Ys III: Wanderers from Ys. Ele foi produzido em 2005 pela Nihon Falcom utilizando a Napishtim Engine de YS VI, e por alguma razão é considerado por muitos fãs como um dos melhores jogos da franquia Ys.

Ys III

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História

Mais ou menos 2 anos depois dos eventos de Ys IV, Adol e Dogi viajam para Felghana que é a terra natal de Dogi. Chegando lá eles sentem que algo de errado está acontecendo naquele lugar, e Adol acaba encontrando uma jovem garota sendo atacada por monstros.

Depois de salvá-la descobrimos que essa garota se chama Elena, e ela na verdade é uma amiga de infância de Dogi. Ela nos conta que monstros estão ameaçando as pessoas da cidade, e agora cabe a Adol descobrir o que está por trás deste mistério, trazendo novamente a paz para aquele vilarejo.

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Parte Boa

Carisma

A história em si é bem simples e digna dos anos 80. Mas apesar disso ela esconde grandes reviravoltas e o jogo em si possui personagens bem carismáticos.

No jogo original existe apenas uma cidade, e não é diferente aqui nesse remake, mas a Falcom se preocupou a dar personalidade a cada habitante da cidade, e os habitantes reagem da sua própria maneira a cada evento que vai acontecendo na história.

CHESTER!

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Napishtim Engine

Graças a nova engine o jogo é todo em 3d agora, e o ritmo acelerado. Conforme vamos eliminando os inimigos, vamos ganhando itens que recuperam hp, além de podermos ganhar bônus de força, vida, experiência, magia e etc. Esses bônus são temporários e vai acabando com o tempo, então temos que avançar para o próximo inimigo o mais rápido possível para não perder estes bônus.

Graças a esses bônus, o jogo não existem itens para recuperar a vida, como poções por exemplo, tudo que necessitamos é conseguido de maneira natural, o que ajuda a manter o ritmo do jogo. Existe também um botão que te dar um boost temporário que é bem parecido com o que vemos no Ys Origin assim como as magias que conforme vamos utilizando, nossa mana vai recuperando de maneira automática.

No jogo podemos pular e temos um botão para atacar, além de poder dar dash, todas essas mecânicas já expliquei no Ys Origin, já que ele também utiliza a mesma engine do Ys VI: The Ark of Napishtim.

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Mecânicas

Ao conseguir um set completo da armadura do Adol, o jogo nos mostra Adol com uma roupa diferente, o que é bem bacana e gera um sentimento de progressão e poder.

Existem savepoints espalhados pelo mapa, que nos permite utilizar teleport também para facilitar o backtracking, pois como o jogo tem somente uma cidade, temos que visitar-la várias vezes.

Também podemos encontrar ores pelos mapas, e na cidade existe um ferreiro que pode melhorar nosso equipamento até duas vezes. não se compara a força ou defesa de um equipamento novo, mas ajuda na hora do sufoco para passar de determinadas partes do jogo.

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Parte Ruim

Nada amigável

O jogo consegue ser bem difícil, mais difícil até que o Ys II por exemplo. Algumas áreas é necessário fazer muito grind para poder sobreviver, fora os vários momentos de plataformas onde temos que dar saltos perfeitos para poder avançar, e a câmera ainda por cima não ajuda em nada.

Existem vários inimigos voadores que temos que pular e atacar para eliminar-los, mas como se movem muito rápido ou não baixam até ficarem em uma altura que alcançamos, é bem chato e frustrante lutar contra eles. Inclusive o chefe final é bem nessa mecânica, só pra passar raiva mesmo.

Apesar das dungeons serem maiores, os jogo consegue ser menor que o Ys I ou o Ys II por exemplo, não sei o que os desenvolvedores queriam com esse jogo mas não deve ter sido nada fácil produzir esse título já que no fim do projeto o Masaya Hashimoto e Tomoyoshi Miyazaki deixaram a Falcom, mas essa história já contei quando falei de Ys IV.

Na verdade o fato das dungeons serem longas é um problema quando não se pode salvar em qualquer lugar, e depender dos savepoints. E como sempre, o melhor equipamento só conseguimos na última dungeon, então nem dá para aproveitar muito.

E por fim, o uso de um controle analógico aqui é terrível, então é melhor configurar o controle para jogar da maneira mais clássica e sem analógico mesmo.

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Dublagem

Esse é um fato curioso, porque lamentavelmente a versão de 2012 da Steam não possui vozes para os personagens, algo a versão do Playstation Portable de 2010 já tinha.

Não entendo porque fizeram isso, já que era só portar de uma versão para outra, inclusive existem patches da comunidade que adicionam as vozes do PSP na versão da Steam, mas infelizmente devido as atualizações da Steam, esse patch já deixou de funcionar, então recomendo a versão do PSP mesmo.

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Conclusão

RankB

Ys: The Oath in Felghana é um jogo com uma história simples e cativante que tem um bom sistema de combate mas que pode se tornar frustrante por sua dificuldade desbalanceada e momentos de plataforma onde temos que ser precisos como um cirurgião.

Apesar de ser aclamado como um dos melhores jogos da série, eu particularmente prefiro outros títulos mais recentes, mas se for jogar, com certeza a versão do PSP é a melhor opção por incluir vozes nos diálogos.


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 Sogoken
08/05/2019 
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